Tantas emoções entre meu interior, o teclado, a tela do pc..E nenhum destino.

Ficam na pasta rascunhos, até que um dia, eu abro e noto que eram dúvidas passageiras e não seriam compreendidas se enviadas.

Tentando conter a tempestade de emoções que me assola a alma.

Como é difícil saber a medida.

Continuar sendo crédula, não perder a fé no homem, mas repudiar a possibilidade de ser usada, feita de tola novamente.

Um tempo atrás, eu escrevia e enviava palavras pesadas para a pessoa que havia me magoado.

Fazendo aquilo, eu na verdade, desejava conversar, expor meus sentimentos e pensamentos. 

E fazer a dor passar.

Mas cada um sente de uma forma.

O que é muito forte para mim, para o vizinho pode ser uma besteirinha.

Só eu, e meus mentores espirituais, sabemos o que se passa aqui dentro de mim.

Minhas explosões de sentimentos sempre precisaram de destino.

Dando destino, o espaço para o belo, para o bom, para a alegria voltava.

Mas que direito tenho eu de exigir que meu próximo seja atropelado assim por sentimentos tão fortes?

Não posso exigir que entendam.

Como posso eu, poderia em sã consciência, exigir que compreendam minha intensidade?

Sobrecarregar de emoções outra alma..

Com minhas ansiedades, que só dizem respeito a mim, a minha falta de equilibrio, a minha intolerância.

Seria egoísmo!

Desabo em lágrimas tentando descobrir o melhor caminho para a paz e o equilibrio.

Chorar me acalma, mas será que não vou desidratar?

São lágrimas demais, por vezes me assusto, são dúvidas demais.

Não me faço de vítima, sei que no mundo tem dores maiores que as minhas.

Eu posso vê-las em meu trabalho diário na caridade.

Porque consigo "fazer o bem sem ver a quem", todos os dias no trabalho voluntário e na caridade.

E sempre espero algo de quem amo?

Porque simplesmente não posso fazer o bem e dar amor sem esperar nada em troca, principalmente para as pessoas que amo?

Não seria mais coerente que as coisas fossem assim?